domingo, 6 de setembro de 2009

" A Frigideira "

Conta-se que um jovem, recém-casado, ficou curioso, ao perceber a forma com que a sua esposa preparava peixe para fritar: cortava a cabeça (bem cortada) e o rabo, até quase o meio do peixe. Indagou-lhe o porquê daquilo, ao que ela respondeu: "-Mamãe sempre fez assim e eu aprendi com ela... naturalmente, deve ser a melhor maneira."
E assim, sempre que a esposa ia fritar peixe, procedia daquela forma. Afinal, quem era ele para contestar os dotes culinários da sogra?! Num dia de domingo (os filhos sempre costumam papar a bóia das mães ou sogras aos domingos), estando eles na casa da mãe dela, coincidiu de observar a sogra preparando peixes para fritar. Viu que ela não cortava tanto como a sua esposa... que dissera ter aprendido com ela e, imediatamente, questionou.
A sogra riu e lhe respondeu:"- Meu filho, eu sempre cortava o peixe daquela maneira porque a minha frigideira era pequena... só isso!"

Esta é uma boa reflexão sobre a eterna repetição das coisas, dos procedimentos, das formas de realização, sem questionamentos:
"Sempre fizemos assim! Para que mudar?"

"O Elefante e os Cegos"

Chegou um grande circo a uma cidade. Quatro cegos, passeando juntos, aproximaram-se do local onde o domador estava cuidando de um dos elefantes do circo. Pararam e perguntaram se podiam tocar no animal, ao que ele concordou.
Um deles, mais alto, de braços erguidos, bateu na orelha do elefante; outro, encontrou a barriga; outro, apalpou a perna e o quarto segurou a tromba. Logo depois voltaram ao seu passeio satisfeitos porque agora sabiam o que era um elefante. E foram conversando, até que numa pracinha, assentaram-se e começaram a discutir sobre o elefante:

"- Elefante é apenas uma espécie de ventarola grande, felpuda no meio, e rugosa" - disse o cego alto.

"- Nada disso - retrucou o que examinou a tromba - eu examinei cuidadosamente o bicho. Trata-se de um tubo maleável, pesado, forte e que se movimenta o tempo todo.

"- Tudo errado! - falou o que tocara a perna. Eu constatei que é uma pilastra firme e grossa."

"- Eu acho que vocês estão loucos - corrigiu o que apalpara a barriga - não perceberam que o elefante é como um enorme casco de um navio, áspero e vivo!?"

E as discussões foram até altas horas, sem, é claro, chegarem a nenhuma conclusão.

Quanto menos parcial for a nossa percepção da realidade, mais chances temos de nos aproximar do todo e melhor entendermos a realidade à nosa volta. E, se ainda, se não formos flexíveis, e procurarmos entender as razões do outro, não poderemos rever as nossas percepções e chegar a novos aprendizados.

Reflita e diga que lições você pode tirar destas duas estórias, para a sua vida.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Mar Morto


Mar Morto (Israel).Ao fundo, divisa com o Território da Jordânia.

O Mar Morto (em hebraico: ים המלח, transl. ? Yam ha-Melah; em árabe: البحر الميت, transl. ? Al Bahr al Mayyit) é um lago de água salgada do Oriente Médio.
Com uma superfície de aproximadamente 1050 km2, correspondente a um comprimento máximo de 80 quilômetros e a uma largura de máxima de 18 km, é alimentado pelo Rio Jordão e banha a Jordânia, Israel e a Cisjordânia[1].
Nos últimos 50 anos, o Mar Morto perdeu um terço da sua superfície, em grande parte por causa da exploração excessiva de seu afluente, única fonte de água doce da região, para além da natural evaporação das suas águas. Contudo, os especialistas são de opinião que, dentro de alguns anos, esta perda tenderá a estabilizar paralelamente à estudos que levem à sua conservação e preservação, portanto, o desaparecimento do Mar Morto não aconteceria, segundo estes, nem hoje nem no futuro[2].
Atualmente, a contínua perda das suas águas (como já se referiu tem as suas causas na cada vez maior captação das águas do Rio Jordão, por parte das autoridades de Israel e Jordânia) causa uma contínua redução em sua área e profundidade, relativamente ao nível médio das águas do Mar Mediterrâneo. No ano de 2004, este nível estava próximo de 417 m abaixo do nível médio do Mar Mediterrâneo, o que faz com que seja a maior depressão do mundo, e a tendência é o aumento deste desnível durante o século XXI.
O Mar Morto tem esse nome devido a grande quantidade de sal por ele apresentada, dez vezes superior à dos demais oceanos, o que torna impossível qualquer forma de vida - flora ou fauna - em suas águas. Qualquer peixe que seja transportado pelo Rio Jordão morre imediatamente, assim que desagua neste lago de água salgada. A sua água é composta por vários tipos de sais, alguns dos quais só podem ser encontrados nesta região do mundo. Em termos de concentração, e em comparação com a concentração média dos restantes oceanos em que o teor de sal, por 100 ml de água, não passa de 3 g, no Mar Morto essa taxa é de 30 a 35 g de sal por 100 ml de água, ou seja, dez vezes superior[1].
A designação de Mar Morto só passou a ser utilizada a partir do século II da era cristã. Ao longo dos séculos anteriores, outros e vários foram os nomes quais era conhecido, entre outras fontes, a Bíblia Sagrada, concretamente alguns dos Livros do Antigo Testamento. Assim, nos Livros Génesis 14,3 e Josué 3,16 aparece com o nome de Mar Salgado. Com o nome de Mar de Arabá aparece em Deuteronómio 3,17 e em II Reis 14,25. Já em Joel 2,20 e Zacarias 14,8 surge como Mar Oriental. Fora da Bíblia Sagrada, Flávio Josefo chamou-lhe Lago de Asfalto e o Talmude designou-o por Mar de Sodoma, Mar de Lot entre outros nomes que ele recebeu.
O Mar Morto contém a água mais salgada do mundo. Essa grande quantidade de sal aumenta sua flutuabilidade, e os banhistas bóiam facilmente.